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terça-feira, 27 de abril de 2010



O Artesanato do Piauí é um dos mais variados do país. As mãos habilidosas dos nossos artesãos trabalham elementos como a madeira (cedro, aroeira, sucupira, ipê amarelo), a fibra (carnaúba, buriti, cipó-de-leite, tucum), o couro, o fio e a argila.
Em Teresina, o destaque é o artesanato produzido nas olarias do bairro Poti velho. A atividade dos ceramistas do Poti é a base da economia na zona norte de Teresina. Centenas de famílias vivem de fazer potes, filtros, tijolos ou objetos utilitários que ganham fácil o gosto dos turistas e visitantes do local.
Recentemente, a Prefeitura Municipal de Teresina, em parceira com o Sebrae e o Senai, iniciou um trabalho de melhoria na qualidade dos produtos cerâmicos. A assinatura de um termo de compromisso para a implantação da 1ª fase de uma incubadora de empresas é o primeiro passo para tornar a atividade mais rentável e mais profissional, pronta para concorrer em outros mercados.

ARTESANATO DO PIAUÍ O MAIS RICO E VARIADO DO BRASIL
O artesanato piauiense é destaque no contexto nacional e internacional.As mais variadas espécies de matérias-primas fazem do nosso artesanato o mais diversificado. A criatividade e habilidade do nosso artesão atesta o potencial e a qualidade do nosso povo.
Temos trabalhos em Cerâmica,Renda de bilros,Cestarias de Carnaúba,Móveis de talos de Carnaúba,Esculturas em madeira,Tecelagens e Bordados,Tapeçarias com figuras rupestres e outros.

“O artesanato do Piauí, apoiado pelo Sebrae, conquista mais um grande reconhecimento nacional. É o Estado com o maior número de unidades premiadas na segunda edição do Prêmio TOP 100 de Artesanato.
www.cabecadecuia.com  e portodasbarcas.br.tripod.com
 

Fotos: Dantércio Cardoso


Existe uma música do mestre José Rodrigues e do maestro Aurélio Melo que é considerada uma ode à Teresina. Ela foi composta no início da década de 80, quando Teresina ainda nem pensava em alcançar o sesquicentenário. A poesia fala dos rios de águas claras, do Troca-Troca, da beira do cais e do gosto bom do Parnaíba, da gente que aqui habita. Pensando nisso, o fotógrafo do Portal AZ Dantércio Cardoso saiu às ruas e a pontos da cidade para registrar algumas das suas principais belezas.

Aquela ode de amor por uma pequena cidade fala também que quem aqui mora, não a troca jamais. E esse sentimento perpassa os tempos. Quem daqui se foi ou se vai, leva Teresina consigo e lembra o jeito de menina-moleca, que cresce vertiginosamente a cada ano sem perder a inocência de suas ruas arborizadas, seu clima caloroso e sua meiguice de acolher bem quem aqui chega.

Sabores, cheiros, amores, calor... Teresina é uma profusão de sentimentos e beleza.
texto extraido do portalaz.com.br



Aspecto da chegada do vapor Uruçuí no cais do rio Parnaíba na época em que era regular a naveção do Velho Monge de Parnaíba a Uruçuí transportando mercadorias e pessoas.
A vida do teresinense que acontecia em torno do Cais e do Mercado bem como a satisfação que quem vive o cotidinao da acolhedora cidade
Onde nasce o Parnaiba!

Olho d'água principal que forma o riacho de água quente, o principal formador do Rio Parnaíba e que nasce na chapada das mangabeiras, no extremo sul piauiense. Durante todo o seu curso, o rio Parnaíba serve de divisa entre os estados do Piauí e Maranhão, servindo e abastecendo de água importantes cidades, inclusive Teresina, localizada em seu leito, forma a represa de Boa Esperança e ainda desemboca no oceano atlântico formando o maior Delta em mar aberto das Américas, uma das principais atrações turísticas em área preservada do Piauí.
A Uidade de Conservação ocupa parte da Chapada das Mangabeiras, uma das maiores e mais conservadas extensões de Cerrado do país. 
                                                                       Rio medonho
o parque ocupa uma extenção de  729.814 hectares.

Tem o objetivo de assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico.


Cachoeira Passagem do Lajeiro  -  Alto Parnaíba

parque das nascentes
Fica localizado na divisa dos estados do Piauí, do Maranhão, da Bahia e do Tocantins.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

lendas Piauienses
Antonio Amaral, um artista piauiense, um grande talento e de estética original em breve nos apresenta HQ inédito sobre as lendas do Piauí.
O artista piauiense foi laureado com o Prêmio HqMix em 2000, expôs em Coimbra - Portugal em julho de 2009 e se prepara para mais uma de suas bem sucedidas empreitadas - desta feita um livro infantil.
Valeu Amaral pela iniciativa de enaltecer a cultura de nossa gente brasileira e piauiense.

na beira de um grande lago vivia um povo chamado amanajós.

foge foge zabelê mandaú quer te pegar

blogg do Acilino Madeira
 Cabeça de CuiaContam que Crispim era um pescador que vivia da pesca nas águas do Rio Parnaíba e hatitava as suas margens, nas imediações em que o rio recebe as águas do Rio Poti, na zona norte de Teresina. Morava com a mãe já velha e adoentada.
Certa vez, depois de passar um dia inteiro sem nada conseguir pescar, Crispim volta para casa cheio de frustração e revolta. Pede à mãe alguma coisa para comer e esta lhe serve o que pode: uma rala sopa de osso. Irritado, Crispim grita que aquilo é comida para cachorro e, em seguinda, pega o osso e parte para cima da mãe, atingindo-a várias vezes.
Desesperado, o pescador sai correndo porta afora e joga-se nas águas do rio, enquanto a mãe, agonizando, lança-lhe uma maldição: haveria de se transformar num terrível monstro, que só descansaria quando lhe forem sacrificadas 7 virgens chamadas Maria.
Crispim vira o Cabeça-de-Cuia, que surge do fundo das águas para assustar as lavadeiras e ameaçar os pescadores que pesquem em excesso, além do que precisam. Dizem que, durante a noite, o Cabeça-de-Cuia se transforma num velho e sai vagando pelas ruas de Teresina.

• Num-se-pode
É uma lenda tipicamente Teresinense. Conta a história de uma linda mulher que, tarde da noite, aparecia na Praça Saraiva ostentando sua beleza debaixo de um dos lampiões ali existentes.
Movidos por aquela bele aparição, os homens se aproximavam para conversar, ou quem sabe, aventurar mais uma conquista. Ao chegarem perto, a linda mulher pedia-os cigarro, e quando recebia começava a crescer, crescer, até atingir o topo do lampião de gás e nele acender o cigarro. Enquanto crescia, ela repetia: "num-se-pode, num-se-pode, num-se-pode,..."

• A porca do dente de ouroDiz a lenda que uma moça travara uma briga sem cabimento com sua mãe, dando-lhe uma bruta dentada. Desde então, vivia trancada no quarto, só via sua mãe que lhe levava a comida. À meia-noite transformavava-se em porca e saia pelos subúrbios assombrando as pessoas por ser provida de uma tromba crescida e coberta de uma coisa brilhosa de onde saía uma ponta saliente como se fosse um monstruoso dente de ouro.
• MiridamEra a mais bela jovem da tribo dos Acaraós. Como sua mãe não resolvia dar-lhe em casamento a nenhum jovem do lugar, ela manteve um amor proibido, às escondidas de todos. Não sabendo como esconder o filho desse amor, colocou-o num tacho e soltou a pobre criança nas águas do rio Paraim. As águas do rio se transformaram num imenso lago. É hoje a chamada lagoa de Parnaguá, localizada no sul do Piauí.
A mãe-d'água recolheu e criou a criança e jogou uma maldição na desditosa mãe. Dizem que ainda hoje o filho da mãe-d'água aparece na superfície da lagoa. Ninguém conseguiu até agora desencantá-lo e ele continua aparecendo, já velho, de barbas brandas à luz do luar, ou douradas ao entardecer. Dizem, também, que ele aparece como criança nas primeiras horas da manhã. À tarde se torna adulto e à noite é um velho de barbas brancas. Existe, ainda, uma variante desta lenda com o nome de Barba-ruiva.

• ZabelêEra a filha do chefe da tribo dos Amanajós. Ela amava Metara, índio da tribo dos Pimenteiras, terríveis inimigos dos Amanajós. Zabelê e Metara se encontravam secretamente. Mas Mandaú desconfiou daquelas andanças. É que ele vivia magoado com Zabelê, porque se via preterido por um inimigo e nunca conseguia que seu amor fosse correspondido. Mandaú descobriu o local do encontro dos dois. Certa vez resolveu levar algumas testemunhas para desmascarar Zabelê. Os dois amantes foram surpreendidos, surgindo uma briga generalizada. Depois de tanta luta, morrem Zabelê, Metara e Mandaú. O fato deu origem a outra guerra que durou sete sóis e sete luas. Mas Tupã teve pena dos dois amantes e resolveu transformá-los em duas aves que andam sempre juntas e cantam tristemente ao entardecer. Mandaú foi castigado e transformado num gato maracajá, que anda sempre perseguido pelos caçadores (por causa do valor da sua pele). Zabelê vive cantando ainda hoje a tristeza do seu amor infeliz.


Fonte: SEMDEC/PMT
Data: 16/7/2008




Do poeta piauiense Clodoaldo Freitas uma homenagem aos heróis

O Combate do Jenipapo

"Parda manhã de março. Espessos nevoeiros
Cobrem o campo fatal de flores matizado.
Propaga o eco o som estrídulo e pausado
Das vezes de avançar em carga dos guerreiros.
Sou o clarim marcial num brado agudo e forte,
Monumento do Jenipapo, Campo Maior
Os bravos impelindo às fúrias do combate.
O tropel dos corceis mais brusco torna o embate
Dos férreos batalhões marchando para a morte.
Povo do Piauí, vaqueiros ou soldados,
Quando a pátria te chama, aflita, nesses dias,
Nessas horas fatais de transes desgraçados.
É que sabes mostra-te abnegado e valente!
Se Fidié triunfou, tu, ao morrer, sabias
Que a nossa boa terra ficava independente!"
"Os cavalos soltos
na pastagem pobre
vão transformando
essa terra triste
numa terra nobre.
A mal contida vida
dos potros na paisagem nobre
vão apagando a tristeza
desse cemitério pobre.
Pobre cemitério aberto
que acolhia que recolhia
o sonho anônimo
dos que morreram
pela liberdade
dos que morrendo
deram alma
a esta terra triste.

Este monumento
se levanta agora
na paisagem nobre.
que as éguas da noite
jamais perturbem
o sono anônimo
dos enterrados
nesta terra pobre.
Seja este Monumento
também Memorial
da coragem anônima
dos que vão sobrevivendo
na batalha do dia-a-dia
os malarmados heróis
neste campo maior".
(H.Dobal)
13 de Março - A Batalha de Jenipapo

Às margens do rio Jenipapo, no atual município de Campo Maior, foram palco de uma sangrenta batalha envolvendo os partidários da independência brasileira e a resistência portuguesa que procurava evitá-la. Era 13 de março de 1823. Este confronto pode ser visto como um dos momentos cruciais da adesão da província piauiense ao processo emancipatório brasileiro.
Apesar da independência tem sido oficialmente proclamada a 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente São Paulo, as outras regiões da América portuguesa não havia aderido. Aquele gesto simbolizava apenas a adesão da região Centro-Sul. O processo de independência nas outras áreas implicou em se cruentas batalhas, especialmente no norte, incluindo o nordeste atual. Essa área era alvo de pretensão portuguesa de perpetuar domínios na América.
Neste sentido, a província piauiense assumia uma importância fundamental para o governo português em virtude da sua posição territorial, encravada entre as províncias ocidentais e orientais do norte da América portuguesa. Por conta disto e, sobretudo, devido à expansão dos ideais emancipacionistas, desde 1821 eram enviadas, pelo governo português, quantidades significativas de armamentos e munições bem como havia a nomeação de militares experientes para cuidar desta região. Para essa província fora nomeado João José da Cunha Fidié como governador das armas. Ele era experiente militar, veterano nas guerras napoleônicas.
No Piauí, a primeira vila a se manifestar favoravelmente ao governo de D. Pedro I, instalado no Rio de Janeiro, foi São José da Parnaíba, através da Câmara local. Era 19 de outubro de 1822. Essa iniciativa fez com que as tropas favoráveis a Portugal se deslocassem de Oeiras para Parnaíba, lideradas pelo próprio governador das Armas, o Major Fidié.
Antes de chegarem à vila do extremo norte, as tropas eusófilas estacionaram em Campo Maior, na qual procuraram apurar denúncias acerca dos preparatórios de adesão às tendências emancipacionistas. Neste ínterim, as lideranças parnaibanas se deslocaram para o Ceará. Assim quando as tropas de Fidié chegaram a Parnaíba não encontraram resistências.
Enquanto as tropas portuguesas estavam em Parnaíba, outros povoados e vilas aderiram ao processo emancipatório, dentre eles Piracuruca, Matões e Oeiras, em janeiro de 1823. Nesta última ocorrera a deposição da Junta Governativa pró-Portugal. Além disso, alguns contingentes cearenses chegaram ao Piauí. Neste contexto, deu-se a proclamação da independência em Campo Maior, em fevereiro de 1823.
No início de março de 1823 as tropas de Fidié saíram de Parnaíba para tentar submeter as demais vilas que estavam aderindo ao processo de independência. Seguiram-se alguns breves incidentes no trajeto, porém, o maior combate se deu às margens do rio Jenipapo.
A expectativa do avanço das tropas portuguesas rumo à Campo Maior implicou numa mobilização sem precedentes da população local para formação de tropas para o combate, agregando-se grupos de vaqueiros e roceiros armados com os instrumentos disponíveis, como: facões, machados, foices, espetos, espingardas, paus e pedras. Enquanto as tropas inimigas eram bem armadas, municiadas, disciplinadas e organizadas sob o comando de experientes militares.
O grande confronto se deu no dia 3 de março de 1823, nas proximidades do rio Jenipapo. Cerca de 2500 piauienses e cearenses, sem adestramento militar, e debaixo de um sol abrasador num ano de estiagem arrasadora, enfrentaram as tropas portuguesas. Após 5 horas de intenso combate, as tropas locais contavam entre suas perdas 700 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros de guerra. Do lado português, as perdas não chegaram a uma centena, porém haviam perdido boa parte da bagagem de guerra; o separatistas desviaram importantes equipamentos de guerra das tropas portuguesas.
Entretanto, a vitória lusitana era incontestável, ganharam uma batalha, mas a guerra estava longe de terminar, pois a ausência de recursos bélicos e a possibilidade de enfrentamento de outras batalhas, com a chegada de reforços de outras vilas e províncias, fez com que Fidié e suas tropas se deslocassem, em abril de 1823, para o Maranhão, província leal a Portugal. Porém, após o cerco de Caxias, pelas tropas separatistas, formadas por piauienses, cearenses e maranhenses, as tropas de Fidié se renderam, no final de julho de 1824.
Portanto, foi neste contexto que se deu o real processo emancipacionista e a adesão do Piauí ao governo do império do Brasil, caracterizado por diversas lutas sanguinárias, com a participação popular, porém, a maioria da população não se beneficiou de seus resultados, pois uma oligarquia assumiu o projeto de consolidação do estado brasileiro em detrimento das transformações mais profundas dessa sociedade.
culturadopiaui.vilabol.uol.com.br/batjenip.htm