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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Gurguéias



Índios de corso que por vezes incursionavam no Piauí. Mesma origem étnica dos Acaroás, de quem eram inimigos. Pouco divergiam quanto à língua. Ocupavam o extremo sul do Maranhão. Vieram ao Piauí à época das primeiras incursões dos exploradores da casa da torre. Viviam às margens do rio a quem deram nome, nas cabeceiras do Parnaíba. Combatidos pela bandeira de Francisco Dias D’avila (1674/76), fugiram em direção a serra dois irmãos, em rumo do poente. É nessa ocasião que transmitem seu nome a um dos notáveis afluentes do Parnaíba. A perseguição feita aos mesmo resultou, em 1- 6 – 1676, em mais de 400 degolados e mulheres e crianças reduzidas à escravidão. O local da carnificina ficava a 6 ou 7 dias do salitre, bem longe do rio Gurguéia. Em janeiro de 1697 os índios haviam firmado paz com o des. Manuel Nunes colares, da relação da Bahia, que transitava pelo Piauí. Em 1753 o governador Diogo de Mendonça corte real manda suspender a guerra contra os acaroás e só guerrearem contra os gurguéias, como determinara sua majestade. Em 1-4-1764 parte de oeiras uma expedição militar sob o comando do capitão João do rego castelo branco contra esses índios, situados nas margens do gurguéia e que se haviam levantado. Tem um primeiro contato com eles, no baixo gurguéia, nas proximidades da confluência deste com o Parnaíba. Os índios haviam entrado em atrito com o fazendeiro Antônio de Siqueira barros. refluem ao maranhão onde são atacados por João do rego já em terras timbiras. Em represália, se reagrupam atacando castelo, são Lourenço, golfos, são Francisco, morros e carnaúba. Todas essas fazendas no município de Jerumenha, onde queimam,depredam e matam. O destino de João do rego era parnaguá, onde deveria receber reforços das tropas de Manuel de barros rego e passar ao maranhão para uma segunda entrada contra os indígenas. Novamente parnaguá deixa de colaborar. As primeiras presas chegam a Oeiras em numero de 143, trazidas pelo tte. João Rodrigues bezerra. Ao todo foram recebidos em torno de 350 prisioneiros. João do rego mantem um encontro amistoso com os Gurguéias, na margem ocidental do Urucuí, trocam-se prisioneiros e os índios solicitam ajuda em sua guerra contra os Acaroás. Quatro chefes vão à oeiras que ajusta a paz, permitindo-se que plantassem roças na barra do Poti, às margens do Parnaíba. Dois índios participaram como mediadores – Manuel matos e Brás Ferreira. Criou-se para os índios uma escola. Em novembro de 1765 chegam a oeiras em numero de 400, sendo aldeados em São João de sende, confiados a João do rego castelo branco e a um frade franciscano, tirado de Jaicós. A eles foram anexados os Aroases dispersos pelas fazendas. São novamente guerreados em 1770. É a esses índios, que em suas correrias percorriam também as margens dos rios Urucuí e Parnaíba, a quem alguns autores atribuem às inscrições rupestres, gravadas nas abas de diversos rochedos que encontram no Piauí. Em 1772, juntamente com os acaroás, foram aldeados em são Gonçalo de amarante. Em 1775 cogitou-se de transferi-los de São João de sende para Campo Maior, à margem do Poti. Rebelam-se, novamente, e, 9-7-1778. Em 15-4-1779, nova expedição parte de Oeiras para combatê-los e aos acaroás e jaicós, nas cabeceiras do rio Piauí, sob o comando de João do rego castelo branco. Abandonam sua aldeia e seguem para cana-brava, em rumo da chapada Grande. Presos, fogem novamente, em setembro, 1778, desta vez para Goiás. Em 1794 Acaroás, gurguéias e Jaicós já haviam abandonado suas aldeias e se encontravam a solto, espalhados pela capitania.

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