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sexta-feira, 17 de outubro de 2008




Pimenteiras – Ramo dos Caraíbas. Emigrados do São Francisco. Aires de Casal conjeturou serem descendentes de vários casais que viviam domesticados com os brancos nas imediações de Cabrobó (PE). Entretanto, quando se fizeram suas primeiras presas não se encontravam intérpretes, nem Acaroás, nem Gueguês, nem Jaicós, nem os que conheciam a língua geral que os entendessem ou fizessem entender. Eram da família karib (ou caribe). Habitavam Parnaguá, entre as cabeceiras do Piauí e as do gurguéia, nos limites de Pernambuco, em terras do atual município de Caracol. Eram assim chamados em razão do sitio onde habitavam. Estiveram, também, nas terras confinantes com os estados do Tocantins e maranhão. Desertaram de suas aldeias por volta de 1685 para não acompanharem os bandeirantes que faziam guerra aos indígenas.
Por volta de 1770 começam suas andanças pelas cabeceiras do Piauí. Recolheram-se ao centro, unindo-se a outra nação selvagem. Agricultores plantavam legumes de caroço sempre em terrenos férteis. Cultuavam o ritual do casamento, que consistia em armar duas redes, uma em cima da outra, nas quais deitando-se o marido, na de baixo e a mulher na de cima. Os pais lhe faziam entrega dos seus dotes, representados por cabaças, cuias, arcos e flechas e algumas coisas indispensáveis para o provimento de suas necessidades. Acabado este ato solene, julgavam-se casados. Com a morte de um dos conjugues a preferência ao segundo casamento cabia ao cunhado ou cunhada. Foram guerreados por longo tempo, Em 5-2-1811 o governador da capitania oficia a José Dias Soares, nomeando-o cmte. Da tropa expedicionária que os deveria reduzir à obediência ou afugentá-los. Em oficio de 6-6 do mesmo ano o governador do maranhão recomenda ao governador do Piauí imediata repressão aos excessos e depredações desses índios, internando-os. Ficava para isso autorizados a retirar do cofre das multas o que fosse necessário. No inicio do séc. XIX ainda encontraram-se 80 deles. Em 1813 estavam quase extintos. Na ribeira do Piaui existiam, em março de 1826, seis índias grandes e 10 pequenas já domesticadas e um cristão, José Dias Brabo, criado entre o gentio.

Potis – índios Tapuias. Sub-ramo dos Tremembés. Habitavam a foz do rio Poti. Oriundos provavelmente do Rio Grande do Norte ou suas fronteiras com o Ceará. O capitão Domingos Rodrigues de Carvalho os imprensou alem do rio Parnaiba para os lados do Maranhão. Rebelaram-se em 1712. Em correria atravessara o parnaiba e atacaram fazendeiros de gado do maranhão. Os homens tinham o cabelo comprido até a cintura, às vezes trançado ou ainda enastrados (enfeitados) com fitas de fio de algodão. As mulheres andavam com cabelos tosquiados e usavam franjas de fios de algodão. Cantavam, e os lábios eram furados e acomodavam pedras roliças e compridas.

Precatis – Talvez paracatis. Habitavam o rio Uruçuí e ambas as margens do rio parnaiba, em seu curso inferior. Em 1701 Francisco Dias da Siqueira conclui a guerra contra esses e outros índios do maranhão. Deles dizia o pe. Miguel Carvalho (1697) que se enterravam debaixo da terra para surpreender os brancos e que com a barriga amarrava com cordas corriam mais do que cavalos, tocando a terra com a ponta dos pés.

Reriuiús – tapuias. Dominavam parte das terras que ficam entre a Ibiapaba e o litoral.


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